O início de Espírito Santo do Pinhal é devido ao Divino Espírito Santo, quando Ele, em 1849, inspirou Romualdo Sousa Brito e sua esposa Thereza Maria de Jesus a solucionar o litígio que envolvia quarenta alqueires da Fazenda do Pinhal doando-os ao patrimônio da Igreja, costume comum na época, para que ao entorno de uma capela fosse construída nossa cidade. Ante o fato de que houveram duas mortes súbitas, de uma menina e de um homem, pouco antes da fundação, decidiram também confiar nossa Pinhal à Nossa Senhora das Dores.
Romualdo, natural de Mogi das Cruzes – SP, cidade que o Espírito Santo também é padroeiro, trouxe de suas raízes essa devoção tão especial e a primeira imagem do Divino, imagem esta que pertencia à pequena capela construída. Para atender à grande demanda de fiéis, aquela capela foi desmanchada e deu lugar a um grande templo de altas paredes de taipa e uma nova imagem do Divino foi adquirida. Tanto as paredes quanto a imagem ainda existem e continuam contando nossa história. Pouco depois de esculpido o altar-mór foi encomendada uma imagem à Cienfuegos Esculturas, que permanece até hoje no altar.
A imagem de Nossa Senhora das Dores é um de nossos maiores distintivos, por sua beleza e aconchegante olhar de misericórdia.
Esculpida em Portugal, foi doada ao Côn. Nunzio Grecco em 1903 junto às outras imagens que fazem parte do conjunto da Semana Santa. Todas as cinco são de madeira e gesso, em tamanho natural, e retratam de modo singular diferentes cenas da paixão do Senhor.
Matheus Moraes Di Stefani